Dizem que é preciso tanto para ser feliz. Não sei de ‘tanto’, sei de
razões.
Prefiro medir felicidade por pessoas próximas,
laços duradouros, tranquilidade. Prefiro medir felicidade de forma
aleatória,
simplificada, despreocupada. Felicidade é tão pouco!
– é o minuto que passa que deixa saudade, é um ‘eu te amo’ de quem está
em outra cidade,
é um abraço d-e-m-o-r-a-d-o sem receio,
sem data marcada, sem ocasião especial.
Felicidade é o que se tem no hoje: presente.
♥
Tô precisando do bem estar
que só o seu olhar sabe dar.
♥
E eu era a Terra, ela a Lua, meu satélite. Tão brilhante, tão serena,
tão minha...
quando enlaçavamos os dedos ela dançava em graça
– com as bochechas rosadas me dava seu melhor sorriso.
Como quem sorri pela primeira vez sempre,
como quem descobre a felicidade de repente.
♥
E então ela agradeceu a noite e suas estrelas cintilantes.
Rezou uma prece baixinho e encheu o coração de fé para o próximo dia.
Sorrio no silêncio de seu quarto, olhando a lua pela janela,
prateada
– como era apropriado pertencer a si mesma. Um boa-noite dispensou para
o céu.
Dormiu, acalentada pelo sonho de futuro bom.
♥
Porque o tempo consentiu? Você partiu e não se despediu,
porque o tempo consentiu deixar abrir uma ferida assim, de saudade em
mim?
Porque é que o tempo levou o sonho do seu riso,
fez da fé um abismo, desmestificou o que eu tinha por destino e soletrou
tão devagar a d-o-r que até o meu sensor de anti-setimento chorou?
Eu que era tão oblíquo ao amor, não sei viver com o que restou,
com o que restou de mim, sem você aqui,
pra dividir, seja lá o que for.
♥
Tem
livro que é tão a cara da gente que parece
que
vemos nosso nome gravado nas entrelinhas.
♥
É
da sua calma que eu gosto.
Das
suas poucas palavras,
desse
seu silêncio contemplativo.
Desse
seu jeito de me olhar quieto, com um sorriso no canto dos lábios.
Parece
que suas palavras, mesmo não ditas, c
hegam
de uma forma secreta aos meus ouvidos através do seu riso.
♥
Sinceridade:
há palavra mais inteira?
♥
E
eu economizo: na água, na força, reaproveito alimentos.
Só
não me peça para economizar sentimento.
Não
sei se sei fazer racionamento disso.
♥
Aqui
dentro só mora felicidade. Não adianta vir a tristeza bater com mãos suaves.
Não
adianta vir o rancor tentar solucionar problemas graves.
Não
adianta vir a mágoa e achar que a lágrima vai curar o que o passado marcou.
Não
importa: aqui a felicidade mora.
Queiram,
se retirar, por favor.
♥
E
não é à toa aquele brilho, aquele sorriso, aquela calma.
Ela
é cheia de alma e vai á luta. Ela insiste, persiste,
não
desiste em qualquer curva, não repara em abismos.
Pra
ela todo dia é dia lindo, dia de fé, de tentar e [re]tentar.
Com
fios coloridos seu destino costura.
♥
Sejamos
sensatos:
estes
vários acasos que não nos levam a lugar algum são acasos que não merecem caso
algum.
♥
Sorte
de hoje: Seja você mesma, aprecie suas qualidades,
respeite
seus intervalos, construa. Faça pontes, leia, desperdice um tempo para se cuidar
e amar.
Se
olhe no espelho, não com olhos de quem reprova, mas de quem admira.
Ria,
ria solto e sem culpa, ria porque ajuda o coração a ser jovem.
♥
Uma
janela aberta. Um pouco de vento bagunçando os cabelos.
Um
xícara de leite morno. Alguns devaneios, alguns sonhos e uma pitada de
confiança.
Um
futuro, felicidade no peito, leveza
-
Não é preciso muito para se estar inteira.
♥
E
eu acredito que sim: o tempo cura.
O
tempo organiza, o tempo cicatriza, o tempo faz passar.
O
tempo revela que talvez aquele realmente não era o melhor caminho, o melhor
jeito,
o
tempo revela um novo destino.
O
tempo seca lágrimas, o tempo faz partir pra outra, o tempo renova a alma.
O
único problema é que talvez o tempo não passe tão depressa como deveria,
quando
se é pra esquecer.
Mas
talvez se passasse muito rápido,
nós
esqueceríamos também rápido e faríamos outra vez.
♥
Tem
dia que a gente acorda meio antiquada mesmo.
Vê
espinho onde tem flor. Vê temporal em copo d’água.
Vê
obstáculos em sonhos, e, meio descrente,
vamos
cambaleando até o final do dia (torcendo para que seja logo e por favor,
menos
mau-humor amanhã, sim?).
É
nestes dias que percebo que também sou gente, que também sou carente,
que
apesar da armadura que projeto para o dia seguinte não é falha minha o dia que
acordo meio ‘sei lá’.
E
me aturo, me escuto, me silencio, me estudo.
Me
pergunto: com que pé comecei este dia taciturno, cheio de traves?
Geralmente
obtenho como resposta: ‘não sei’.
♥
E
eu aprendi a ser leve. A não guardar mágoa, rancor, raiva.
Não
vale à pena, fazer minha alma pequena e o sorriso escasso.
Custa
caro não viver.
Digo
ao meu coração: ‘não fique doente com quem não está nem aí com a gente,
com
quem não merece nosso sofrer’.
♥
Então
fiz minha lista: de mudanças para 2013.
Comecei
entusiasmada, mas ao final, escrevi tanto sobre ‘mudar-me’ que
se
eu mudasse tanto provavelmente não me reconheceria.
Se
tentasse realizar tudo, milimetricamente como descrevia a tal da lista,
talvez
no final sobrasse pouco do que realmente quero, do que realmente sou.
Fiz
picadinho da lista. Não que eu não deva mudar. Não que eu não precise rever
conceitos.
Mas
deixa pra outro ano, sei lá, talvez em 2300.
♥
Quando
leio, é este o sentimento: de estar vivendo,
mesmo
estando parada em um mesmo lugar.
♥
Não
é fácil ser eu mesma.
Acredite.
Tem
sempre uma máscara e outra tentando me fazer ser o contrário.
♥
Papai
Noel: o que eu quero é um coração modificado pelo Natal para o resto do
ano.
Exatamente
– esse coração leve, que acredita em magia e sorri ao ver o colorido de luzes
pisca-pisca.
Esse
coração mais solidário, desenvolto, mais amoroso, e morno.
Papai
Noel, me dá de presente um ano novo realmente novo, um ano novo que eu possa
fazer diferença,
um
ano novo com mais crença e mais felicidade.
Papai
Noel, me empresta o seu trenó, eu te ajudo a distribuir sorrisos.
♥
Quantas
vezes desperdicei a chance de sorrisos com lágrimas?
Quantas
vezes fechei a cara e me escondi dentro de máscaras?
Mas
hoje não.
Hoje
eu quero sorriso:
aberto
e me invadindo, transformando corpo, alma. Sorriso, bem-vindo!
♥
Que
2013: seja aquele ano com gostinho de coisa nova, com cheiro de diferente.
Que
seja surpreendente, mesmo que me surpreenda e se revele aos poucos.
Não
ligo que 2013 seja tímido, só desejo que aconteça... devagarzinho.
♥
E
eu acredito na simplicidade. Na leveza. No ser feliz com pouco.
No
ser feliz por ser feliz, de alma e corpo. No simples do hoje.
Não
do ontem, nem do amanhã.
O
simples é agora, e é o agora que merece ser vivido.
À
plenos pulmões. Com paixão e riso.
O
hoje.
♥
Em
2013 eu quero: mais tempo desperdiçado com quem realmente significa.
Mais
abraços quentes e demorados e mais ‘bom dias’ bem dados.
♥
E
ao eco eu disse: ‘- Bom dia!’. Recebi de volta flores.
♥
E
tem dia que só bate aquela vontade de ser normal.
Aquele
dia que não dá vontade de usar nenhuma máscara,
sair
de cara lavada e enfrentar o dia com coragem, sem camuflagem, sem hora pra ser
feliz.
♥
Já
reparou como é especial um abraço?
Pode
ser apertado,
desajeitado,
rápido, demorado, cheiroso, bem dado, esperado ou de despedida.
Abraço
pode ser tanto e ainda ser tão pouco.
Mas
de qualquer forma é especial:
encosta
um coração no outro.
♥
Quem
lê cria novas formas de se viver a vida.
Cria-se
nova morada, casa, vida dentro de livros.
Nos
livros habito, livros me habitam.
♥
Ler:
esse voar sem asas, esse sabor de vento no rosto e liberdade.
Não
é á toa que, quando leio, meus pés não tocam o chão.
♥
Sugiro
umas palavras novas,
Destreza
no peito,
E
cabeça nas nuvens.
Na
areia da praia, deixa sua marca e decide que o passado, talvez tenha marcado,
mas
que passou e o que resta agora é leveza.