Autor (a): D. G. Ducci
Editora: 7letras / Gênero: Poesia
Páginas: 105 / Ano: 2017
Skoob / Amazon / Submarino
Sinopse:
"Alquimia da Tempestade" não é uma obra de ficção, como nos diz o próprio autor, ao final do livro: trata-se de uma quase-autobiografia poética. O que diferencia esta obra de outras tantas coletâneas de poemas são as pistas deixadas, ao longo das páginas, de que se trata de uma jornada no estudo de poesia, na qual mescla-se o Romantismo ao clássico Árcade (“Eu, querida, não sou aventureiro” / “Eu, Marília, não sou algum vaqueiro”), ou à homenagem aos dois amores do soneto 144 de Shakespeare em “Dúbio guerreiro”. A maturação do poeta leva à alquimia de uma tempestade.
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Oi
galera linda! Tudo legal por aí? Vamos resenha de livro de poesias? Um dos
gêneros que mais gosto, a poesia pra mim é como se eu estivesse lendo uma linda
música. E com este livro de D. G. Ducci não foi diferente. Recebi esse livro do
José Fontenele, que faz parte da OasysCultural que tem como principal objetivo
ser uma empresa de produção cultural que atua no mercado desde 2008, auxiliando
autores no processo de divulgação, curadoria e produção de eventos literários,
projetos editorias, etc. Fiquei muito grata com o recebimento de A Alquimia da
Tempestade, publicado pela editora 7letras e pretendo contar um pouquinho de
minha experiência aqui com vocês.
Livros
de poesia geralmente são de leitura mais curta e rápida. Mas não gosto de
lê-los em um único dia. Geralmente vou lendo uma poesia ou duas por dia, para
sentir e apreciar. Gosto de ler de manhã, para iniciar o dia com aquele
gostinho de leveza. E a escrita de Ducci é bem leve, alguns dos poemas são realmente
bem líricos e suaves.
O
livro é dividido em duas partes: “Os outros poemas” e “A Alquimia da Tempestade”.
A parte intitulada “Os outros poemas” conta com 16 poemas dos temas mais
diversos. Vamos encontrar nela desde sonetos a poemas livres. Achei essa
primeira parte um tanto ranzinza, como se o autor quisesse nos provocar a cada
poema. Ele nos convida a pensar sobre o tempo, sobre o acidez de se viver e de
ser um escritor, tanto que um dos poemas me chamou bastante atenção:
“Saia
de longe de mim
Já
não sei
se
é hora de se perder
ou
buscar uma ilusão
ao
desmaiar de fome.
Já
passou o tempo
Somos
outro sempre
Não
precisa mais
brincar
de viver
fingindo
que é feliz”.
É
como seu o autor quisesse nos aproximar da realidade cruel de se viver fingindo
estar em paz com os sentimentos, quando na verdade vivemos na berlinda de um
mundo caótico e cheio de ressentimentos. São várias dessas provocações que
vamos encontrar na primeira parte do livro.
Já
na segunda, intitulada “Alquimia da Tempestade”, os poemas são separados em: “A
brisa”; “O vento”; “A chuva” e “O furacão”. Achei super bacana o autor trazer
esses elementos para separar os poemas, como se estivesse construindo em cada poema
um avanço na ebulição dos sentimentos. Os poemas em “A brisa” são mais leves,
mais calculados. Em “O vento” são um pouco mais sonoros e inclusive falam muito
de paixão e amor. Em “A chuva” os poemas tem uma métrica única e trazem temas
como perdição, fé, morte e destino. Em “O furacão” os poemas passam a ser mais
diretos e sem muita métrica, com muita liberdade dançam selvagens pelas páginas,
como um furacão descontrolado.
O
que me deixou bastante satisfeita nesse livro foi poder apreciar um tipo de
poesia com bastante qualidade. Não é fácil fazer poesia. Ainda mais poesia que
cative. Cansei de ler poemas que iam de lugar nenhum a nenhum lugar e ficar
chateada ao terminar de ler uma estrofe sem sentindo. Gosto muito de sentindo
nas coisas e esse livro traz um tipo de poesia não rebuscado e que quando
terminamos de ler ficamos com um sentimento de compreensão, que pra mim é
bastante importante em um poema. Por mais que cada poema seja único para cada
leitor, aquela compreensão do todo é muito bem vinda, para que não fiquemos com
aquele sentimento de ausência ao invés de preenchimento que uma leitura gostosa
deve proporcionar. Indico para os amantes de poesia, para se divertirem ao começo
do dia (ou ao final, depende da hora que você mais gosta de ler poesia!) e se
encantar com as linhas de Ducci.
Sinopse:
"Alquimia da Tempestade" não é uma obra de ficção, como nos diz o próprio autor, ao final do livro: trata-se de uma quase-autobiografia poética. O que diferencia esta obra de outras tantas coletâneas de poemas são as pistas deixadas, ao longo das páginas, de que se trata de uma jornada no estudo de poesia, na qual mescla-se o Romantismo ao clássico Árcade (“Eu, querida, não sou aventureiro” / “Eu, Marília, não sou algum vaqueiro”), ou à homenagem aos dois amores do soneto 144 de Shakespeare em “Dúbio guerreiro”. A maturação do poeta leva à alquimia de uma tempestade.
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