Editora: Arqueiro / Gênero: Ficção
Páginas: 432 / Ano: 2017
Skoob / Amazon / Submarino
Oi
pessoas tudo bem com vocês? Hoje a resenha é de um livro lançamento da editora
Arqueiro e um dos mais aguardados do ano pra mim. O livro Origem de Dan Brown,
chegou cheio de promessas em minhas mãos, com uma capa enigmática e uma sinopse
de tirar o fôlego e eu não poderia deixar que ele esperasse para ser lido,
logo, o passei na frente para matar de vez minha curiosidade.
Eu
acompanho a carreira literária do Dan Brown desde o começo. Já li todos os seus
livros e o que mais gostei até agora foi Anjos e Demônios. Eu fiquei muito
impactada com esse livro e estou esperando um dele que desbanque esse meu
deslumbre. Todos os outros eu gostei demais também, mas Anjos e Demônios se eu
tivesse que escolher, é o meu favorito até agora.
O
que eu gosto nos livros do Dan Brown: falam muito de arte. Ler os livros dele é
uma aprendizagem. Eu sempre leio com meu cel na mão, cada referência artística,
cada monumento citado, cada obra de arte vou procurando na internet. E como ele
cita muitos lugares reais e obras reais quando você as procura e vê exatamente
o que o personagem está vendo, essa aproximação, te deixa muito mais conectado
(a) à leitura. Também gosto dos capítulos curtos e intensos, um jeito muito
próprio que o autor tem de realizar sua narrativa, prendendo o leitor em cada
virar de página.
Muitos
julgam seus temas polêmicos. Dan Brown sempre mexe com assuntos que muitas
vezes são tabus na sociedade ou sobre seitas secretas, mas principalmente, seus
livros trazem algumas provocações sobre religiões em geral. Neste livro não
será diferente, já que as duas perguntas cruciais que vão conduzir nossos
personagens são: “De onde viemos? Para
onde vamos?”. Essas duas perguntas são a pedra no sapato da humanidade.
Teorias vemos aos montes por aí, tentando decifrar o que nossa vil existência
tem de importante, se somos somente nós neste vasto universo a existir, e para
qual plano vamos depois que deixamos este corpo.
Edmond
Kirch, um bilionário futurólogo parece que sabe as respostas para essas duas
perguntas gigantescas e emblemáticas. E ele está a fim de mostrar para o mundo
que suas previsões estão certas. Mas como suas respostas podem colocar em cheque
a sobrevivência no futuro de todas as religiões, resolve mostrar uma
apresentação para três principais gurus da religião, como se estivesse buscando
aprovação para o que iria fazer. Os três escolhidos para assistir em primeira
mão a apresentação de Edmond - o Bispo Valdespino, o rabino Yehuda Köves e o
allamah Syed al-Fadj – ficam perplexos diante da descoberta de Edmond e ficam
apreensivos com a repercussão que isso tudo vai tomar. Mas não há o que ser
feito. Parece que Edmond está disposto a mostrar realmente para o mundo que há
sim uma resposta concreta para essas duas questões: “De onde viemos? Para onde vamos?”.
Na
noite escolhida para sua apresentação, Robert Langdon está muito confortável em
meio aos escolhidos por Edmond para ver essa incrível apresentação. Amigos de
longa data, Edmond confia muito no censo crítico de Robert, e como seu ex
aluno, muito do que sabe hoje deve ao grande e ilustre professor Langdon. E a
apresentação não poderia ter lugar mais esplendoroso para acontecer do que o
Museu Guggenheim na Espanha.
Com
uma alta tecnologia acontecendo ao redor, inclusive com um guia de inteligência
artificial acompanhando cada visitante, essa noite tem tudo para ser perfeita.
Isso é o que Ambra Vidal espera, gerente do imponente museu e futura princesa
da Espanha, já que está noiva do príncipe Julian. Julian esperava que Ambra não
presidisse esse acontecimento esta noite, já que o rei da Espanha é altamente
religioso e Edmond não tem uma fama muito boa com suas idéias avançadas demais
e seu histórico de ateu proclamado aos quatro ventos.
Tudo
está acontecendo conforme o planejado, mas no auge da noite, Edmond no ponto
alto de sua apresentação, algo totalmente inesperado acontece. Ambra se vê numa
tremenda enrascada, questionando muito de suas certezas, Robert Langdon se vê
totalmente envolvido em uma busca frenética para tentar auxiliar no desdobramento
dos acontecimentos e parece que a única fonte confiável passou a ser Winston,
justamente a inteligência artificial criada por Edmond que estava servindo de
guia, um computador altamente inteligente e ótimo na arte de encontrar
subterfúgios. Será que Robert e Ambra vão conseguir fugir das proporções
terríveis que a noite tomou? E o mais importante: serão respondidas as
perguntas “De onde viemos? Para onde
vamos?”.
Olha,
esse livro me deixou faltando o ar no final sabe. Talvez ele não tenha sido o
livro mais movimentado de Dan Brown, mas me deixou extremamente pensativa com os
assuntos abordados. Achei Origem uma
história mais linear, com algumas reviravoltas sim, mas nada comparado aos
outros livros. Esse livro é mais explicativo, pois muitos dos acontecimentos
que foram se desdobrando precisam de um pouco mais de explicações, como por
exemplo assuntos relacionados a dados científicos sobre a evolução humana,
sobre história das religiões e etc. Neste livros vamos sentir ataques pesados
às religiões extremistas em geral, e muitas cutucadas serão dadas pelo autor,
através de falas de seus personagens e argumentos. Mas noto que apesar do ataque em massa feito por Dan Brown ao
conceito que se há no mundo atualmente do que é religião e de como as pessoas
se comportam em seus mais variados cultos, ele sempre termina com aquela dúvida
e esperança no ar – é possível realmente excluir uma força divina existente?
Apesar de tudo que sabemos, apesar de tudo o que a ciência já comprovou e
comprova, há mesmo essa possibilidade?
Então
tudo é muito profundo nessas leituras. Precisamos estar com as idéias abertas
para esse tipo de enredo (e aqui não estou dizendo que devemos ser convencidos
por tudo o que nos é jogado pelo autor), mas realmente fazer uma reflexão
conjunta, pensar e pensar mesmo a respeito de tudo. Esse é aquele tipo de livro
para se ler em rodas de leitura e levantar tudo o que há de polêmico e debater,
inclusive já conversei com algumas pessoas que o leram e as opiniões são as
mais diversas.
Só
digo para que leiam, esse livro me trouxe muito aprendizado e já marquei como
favorito, pois sou muito fã desse autor, sua narrativa sempre me surpreende e
me deixa curiosa, me instiga a pensar. A gente fica o livro inteiro procurando
o culpado e leva um balde de água fria no final, pois é totalmente inesperado
(ou talvez esperado, mas eu que não queria enxergar e acreditar). Uma das
previsões inclusive, eu acredito muito que vá realmente acontecer. Mas não
posso contar não é verdade? Você vai precisar saber dela, lendo o livro ;) e
depois se quiser alguém pra conversar sobre, me procure nas redes sociais,
porque também estou querendo debater a leitura. Um livro brilhante, com
previsões que são ao mesmo tempo altamente incomodas, surpreendentes e
esperançosas.
Estamos num momento singular da história - um tempo em que o mundo parece ter virado de cabeça para baixo, e nada é exatamente como imaginávamos. Mas a incerteza é sempre a precursora da mudança radical; a transformação é sempre precedida pela revolta e pelo medo. Peço que tenham fé na capacidade humana para a criatividade e o amor, porque essas duas forças, quando combinadas, têm o poder de iluminar as trevas.
O livro foi ambientado na Espanha e traz como principal cenário o Museu Guggenheim em Bilbao. Algumas imagens abaixo mostram a beleza deste museu (fotos retiradas da web).
Sinopse:
De onde viemos? Para onde vamos?
Robert Langdon, o famoso professor de Simbologia de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbao para assistir a uma apresentação sobre uma grande descoberta que promete "mudar para sempre o papel da ciência".
O anfitrião da noite é o futurólogo bilionário Edmond Kirsch, de 40 anos, que se tornou conhecido mundialmente por suas previsões audaciosas e invenções de alta tecnologia. Um dos primeiros alunos de Langdon em Harvard, há 20 anos, agora ele está prestes a revelar uma incrível revolução no conhecimento... algo que vai responder a duas perguntas fundamentais da existência humana.
Os convidados ficam hipnotizados pela apresentação, mas Langdon logo percebe que ela será muito mais controversa do que poderia imaginar. De repente, a noite meticulosamente orquestrada se transforma em um caos, e a preciosa descoberta de Kirsch corre o risco de ser perdida para sempre.
Diante de uma ameaça iminente, Langdon tenta uma fuga desesperada de Bilbao ao lado de Ambra Vidal, a elegante diretora do museu que trabalhou na montagem do evento. Juntos seguem para Barcelona à procura de uma senha que ajudará a desvendar o segredo de Edmond Kirsch.
Em meio a fatos históricos ocultos e extremismo religioso, Robert e Ambra precisam escapar de um inimigo atormentado cujo poder de saber tudo parece emanar do Palácio Real da Espanha. Alguém que não hesitará diante de nada para silenciar o futurólogo.
Numa jornada marcada por obras de arte moderna e símbolos enigmáticos, os dois encontram pistas que vão deixá-los cara a cara com a chocante revelação de Kirsch... e com a verdade espantosa que ignoramos durante tanto tempo.