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Livro: Outlander - A viajante do tempo
 Autor (a): Diana Gabaldon
Editora: Arqueiro / Gênero: Romance / Romance Histórico
Páginas: 752 / Ano: 2018
Skoob / Amazon / Submarino
Livro 1

         Olá gentemmm! Tudo legal por aí? Hoje a resenha que trago aqui para o blog é de um livro que roubou meu coração: Outlander, A viajante do tempo, de Diana Gabaldon, que foi republicado aqui no Brasil pela editora Arqueiro. A primeira edição do livro data de 1991, então ele já não é tão novinho assim. Mas parece que o livro passou a ter mais notoriedade depois do lançamento da série que leva o mesmo nome e que é praticamente uma encenação do que vamos encontrar no livro, realmente bem fiel.


Você é sangue do meu sangue e ossos dos meus ossos. Dou-lhe meu corpo, para que nós sejamos um só. Dou-lhe meu espírito, até o fim de nossas vidas. 


        Eu fiquei louca quando a Arqueiro lançou essa edição com a capa da série, porque eu sou mega-ultra-fã, então eu precisava muito ter essa versão em minhas mãos (mesmo já tendo a outra versão - quem é fã de uma coisa entende né? A gente quer de todos os jeitos, de todas as capas! hahaha). Eu simplesmente AMEI! Achei linda essa capa da série, então se você é fã, eu acho que vale super a pena ter essa versão também. E como agora eu tenho as duas, posso dizer que achei a letra dessa nova versão com capa da série mais confortável de ler. E eu li de novo, li sim, porque eu não me canso desse livro! hahaha



        Os livros são uma série, e já foram publicados no Brasil oito deles (como a editora Arqueiro está republicando, faltam alguns livros para serem republicados por eles). Os livros são: Livro 1 - A Viajante do Tempo (1991); Livro 2 - A Libélula no Âmbar (1992); Livro 3 - O Resgate no Mar (1993); Livro 4 - Os Tambores de Outono (1996); Livro 5 - A Cruz de Fogo (2001); Livro 6 - Um Sopro de Neve e Cinzas (2005); Livro 7 - Ecos do Futuro (2009); Livro 8 - Escrito com o Sangue do Meu Próprio Coração (2015). 


        Eu conheci o livro através da série. Eu já tinha visto várias publicações nas redes sociais dos livros, mas nunca tinha pegado um deles para ler. Quando me indicaram a série já que ela foi liberada na Netflix, resolvi dar uma chance. E eu me APAIXONEI PELA SÉRIE! Ela é intensa. Super intensa. E assistir a série me levou a ter curiosidade de ler os livros, uma para saber o que acontece (por enquanto foram publicadas apenas 3 temporadas, que correspondem ao primeiro, ao segundo e ao terceiro livro) e outra porque gostei bastante da proposta da história, então vamos lá enfrentar uns calhamaços de 800 páginas! kkk pois é amiguinhos, o primeiro livro tem quase 800 páginas! hahah 


         Mesmo para quem assistiu a série, recomendo começar a leitura pelo primeiro livro, pois por mais que os dois sejam bem parecidos, o livro sempre é mais completo. Mas mesmo sendo completo, achei vários trechos iguais, inclusive até falas iguais, o que me deixou bastante contente. É legal quando vemos uma adaptação que foi fiel ao que lemos (no meu caso foi ao contrário hahah, mas agora vou tentar ler os livros antes de publicarem o restante da série). 


         O livro vai nos apresentar a história de Claire Randall, uma enfermeira que depois de passar alguns anos trabalhando como socorrista na Segunda Guerra Mundial, vê seu futuro em paz quando esta termina e volta aos braços do marido que pouco viu em 8 anos de casados. Para celebrar esse novo início os dois resolvem passar uma temporada na Escócia, como uma segunda lua de mel, mais precisamente na cidade de Inverness, nas Ilhas Britânicas. A cidade é toda misteriosa. Lá o esposo de Claire, Frank Randall também tem histórias de antepassados seus, e como bom historiador, resolve aproveitar o passeio para descobrir mais de si mesmo. Os dois são engolidos por histórias das mais bizarras que são passadas de geração em geração pela pequena cidadezinha de Inverness. Acabam também por assistir um ritual antigo, feito por mulheres em um antigo círculo de pedra, uma dança envolvente e rítmica, que desperta certa curiosidade em Claire



        Claire também é muito interessada em plantas medicinais e por botânica em geral. Como no dia que ela surpreendeu as mulheres realizando seu ritual observou ao pé das pedras uma pequena flor que gostaria de investigar melhor, voltou no outro dia sozinha. Mas nem tudo naquela pequena cidade parece ser uma lenda. Parece que muito de magia pode existir em um pequeno círculo de pedras. Ao tocar em uma delas, Claire sente um forte chacoalhar e desmaia. Acorda desorientada, no mesmo lugar. Sim, ainda está próxima das pedras, mas parece que algo não está em seu devido lugar. Claire ainda está na Escócia. Mas a cidade parece que não dá mais para ser vista, logo ali, atrás das montanhas. E todos os homens que ela encontrou pelo caminho estão vestidos de forma muito engraçada, como se estivessem encenando um filme. Mas quando Claire vê sangue e espadas de verdade, começa a compreender que talvez não esteja participando de filme algum. E que algo realmente inexplicável aconteceu: ela foi transportada para o ano de 1743, para uma Escócia extremamente violenta, dominada por clãs escoceses guerreiros e brutos. Vai ser muito difícil passar despercebida. Claire é alguém que já viu o futuro e que não se encaixa de maneira nenhuma a história de ninguém dali. Terá sorte se sobreviver, para então entender o que houve consigo mesma, e como foi possível essa viagem no tempo.

         Mas nem tudo é só guerra e brutalidade. Claire teve a sorte de encontrar pessoas boas. Se envolve com o Clã dos MacKenzie. E passa a conhecer melhor também o jovem Jamie Fraser. Na esperança vã de se adaptar até conseguir voltar ao presente, até conseguir voltar para seu marido Frank que deve estar morto de preocupações, Claire precisa passar por várias provações e se acostumar a viver quase duzentos anos no passado não vai ser das tarefas mais fáceis. Ser confundida com uma bruxa será uma das provações. Ter como grande inimigo um capitão do alto escalão britânico, Black Jack Randall que por ironia do destino é extremamente parecido com seu marido Frank, já que são antepassados distantes e precisar casar forçada com Jamie será outra. E Claire de repente se vê com duas alianças na mão e no coração - dois homens que estão esperando por suas decisões, e que são a força para que permaneça viva. Duas vidas, presente e passado e decisões que se não tomadas corretamente irão implicar diretamente em seu futuro.



         A história é muito, mas muito mais densa do que tudo isso que eu expliquei nessa resenha mixuruca aqui pra vocês. O livro é histórico, muito bem detalhado, a autora fez realmente uma baita pesquisa para poder descrever situações com tantos detalhes e isso deixa a obra muito rica. 


        Aconselho muito a leitura, e depois assistir a série. Acho que vai ficar melhor amarrado assim o conteúdo, pois um complementa o outro. O livro é riquíssimo em detalhes e na série os atores representam brilhantemente a interpretação de falas e costumes. Foi feito um trabalho magnífico em cima do livro, uma série bem fiel ao que a autora traz como enredo. O trabalho que fizeram com a série foi realmente diferenciado e pensado nos mínimos detalhes, imagens, figurino, ambientação, música. A música do começo da série é viciante e melódica, linda demais. A série complementa o livro e vice e versa. 





         Como é muito intenso, tanto no livro como na série há cenas de sexo. Sim, muitas. Quase explicitas. Digo, sim, explicitas... (hahahaha, nem sei porque usei o quase, acho que pra tentar amenizar um pouco, mas gente, esperem ver cenas bem fortes e calientes hahahah tipo, MESMO!). Mas acho que as cenas são condizentes com a época e retratam a sinergia dos personagens, o envolvimento. O livro também traz bastante destas cenas. 

     Sobre a série foi uma das melhores de época que já assisti, e não vejo a hora de liberarem mais episódios. Também não vejo a hora de ler as sequências dos livros, para poder agora me antecipar aos acontecimentos que irei encontrar no decorrer da série. Espero que gravem todos os livros, pois será bastante emocionante acompanhá-los. 


        Sobre o livro, não fiquem com medo das 800 páginas, o livro vai te engolir na história, vai te deixar querendo mais e você vai ficar rendido, assim como eu me rendi. Uma história muito bem escrita. Uma série muito bem gravada, com personagens cativantes - sou apaixonada forever pelo Jamie! Que personagem mais fofo e envolvente! E gosto muito da personagem da Claire também e a atriz que interpreta ela na série, nossa que espetáculo de atuação, muito boa mesmo! Bom gente, fica a dica, de série e livro, leiam, assistam e se apaixonem. Vai dar aquela vontade tremenda de visitar Inverness pra tocar nas pedras também e ver o que acontece hahaha. 


Amar força uma pessoa a fazer sua escolha. Você faz coisas que nunca imaginou que poderia fazer antes. 



Sinopse:
Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros.

Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro escocês, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?





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Livro: Victoria e o Patife
 Autor (a): Meg Cabot
Editora: Galera Record / Gênero: Romance de Época
Páginas: 256 / Ano: 2017
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       Oi pessoal! Tudo bom? Vamos de livro amorzinho dessa vez? Hoje a resenha que trago é do livro mega fofo da Meg Cabot, Victoria e o Patife, publicado pela Galerta Record. Desde que vi a capa desse livro fiquei morrendo de vontade de ler, porque achei muito a minha cara, muito singelo. E também porque quando vejo livro novo da Meg na área vou correndo adquirir, já que ela é uma das escritoras que mais gosto.


       Esse é aquele tipo de livro para você curtir uma história leve e com algumas risadas. Não espere nada de muito profundo, apesar de que sempre encontro um assunto um pouquinho mais sério nos livros da Meg, como no caso deste livro, nossa protagonista enxergou a necessidade de acolher algumas crianças que estavam sem pais e por conta de sua própria sorte, se tornando pequenos ladrões a ter algo melhor em suas vidas.

        O forte da Meg Cabot, na minha opinião, são os chick-lit. Esse livro vai trazer um romance de época mais adolescente, então apensar de ter gostado muito, não é o estilo que mais gosto de ler quando ela escreve.

        Ela vai nos apresentar neste livro a Victoria, uma jovem bastante rica que sonha em se casar. Victoria é uma garota meio incomum, determinada demais para sua época e que não fica de boca fechada quando algo não está de acordo. Ela enfrenta qualquer situação, não se importando de ser a própria heroína de sua vida.


        Quando um lindo jovem, o Conde Hugo Rothschild a pede em casamento, Victoria aceita o pedido de pronto, alegando para si mesma que não é somente para infernizar a vida de certo capitão presunçoso e mal vestido que fica a chamando de senhorita abelhuda. Victoria acha que o que sente por Hugo é realmente amor, e está bastante satisfeita em ter aceitado o noivado.

        Mas parece que Hugo tem um passado um pouco sombrio, e Jacob Cartairs, o capitão, não vai sossegar até mostrar a Victoria que seu pretendente na verdade é um tremendo patife. Mas será que em sua teimosia Victoria vai lhe dar ouvidos?

Se Lorde Malfrey a tivesse beijado daquele jeito em algum momento, Victoria provavelmente não daria a mínima para o fato de o conde se casar com ela por dinheiro, desde que continuasse beijando-a da mesma maneira todos os dias. Mas como fora o detestável Jacob Carstairs quema  beijara com tanta paixão e entrega, e não Hugo, ela se sentia apenas agitada com aquela situação.

       Esse livro é super rápido e gostosinho de ler. Li algumas resenhas bastante críticas, dizendo que os personagens são muito rasos e que a história é muito simples. Mas eu gosto tanto da escrita da Meg Cabot que não consigo não curtir os seus livros. Talvez neste tenha faltado alguma coisa realmente, como eu disse, não é o meu estilo preferido de escrita dela, mas o livro é bastante leve e traz um humor super acertado. As protagonistas da Meg são sempre muito espirituosas e divertidas, o que deixa a leitura prazerosa.

       Adorei o personagem do Capitão também, o Jacob, um divertido pretendente e que estava sempre a provocar a protagonista, não desistindo de suas investidas, apensar de ter um pouco de dificuldade de se expressar totalmente em relação ao que estava sentindo. Achei que o clima criado pela autora entre os dois foi bastante satisfatória. 

       Recomendo esse livro para quem quer ler algo mais leve e se divertir, para curar uma boa ressaca de um livro mais denso e profundo. Um romance bem água com açúcar e fofinho.


Sinopse:
Neste romance histórico juvenil escrito pela autora de “O diário da princesa”, acompanhamos a trajetória de Victoria. Criada pelos tios na Índia, ela é enviada a Londres aos 16 anos para conseguir um marido. Mas é na longa viagem até a Inglaterra que a jovem encontra o amor, na figura de Hugo Rothschild, o nono Conde de Malfrey. Tudo estaria ótimo se não fosse a insuportável interferência do capitão do navio, Jacob Carstairs. Por que ele não pode confiar na escolha de Victoria? Por que ele não a deixa em paz? Estaria Hugo escondendo algo?

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Livro: Louco aos poucos
 Autor (a): Libba Bray
Editora: Moderna / Gênero: Literatura Estrangeira / Ficção
Páginas: 591 / Ano: 2011
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        Oi gentemmm! E aí, tudo bacunudo? Espero que sim! Hoje a resenha que trago é de um livro pra lá de doido. Bom, o próprio título já indica uma doidera: Louco aos poucos, de Libba Bray, publicado pela editora Moderna me fisgou pela capa. Eu peguei emprestado com uma amiga do meu trabalho, vi ele na mesa dela e já fiquei curiosa. Eu to com milhões de livros pra ler, mas pedi emprestado mesmo assim kkkk (a pessoa não tem a noção de limites). Ele é muito rápido de ler (apesar das 590 páginas) porque é bastante dinâmico e tem muitos diálogos e capítulos curtos.


        Difícil é fazer resenha dele, porque nossa, que viagem mais doida esse livro! Vou tentar aqui falar um pouco dele, mas para você entender a real dimensão da coisa mesmo, só lendo. Nosso personagem principal é o Cameron. Ele e um adolescente normal de 16 anos. Sua vida não tem nada de emocionante, ela basicamente gira em torno de ir ao colégio, ficar pensando na condição de derrotados de seus pais, refletir sobre a sua virgindade e fumar umas maconhas de vez em quando.  

        Mas a vida de Cameron muda de repente quando ele começa a ter umas alucinações bravas (e não, não é a maconha responsável por essas alucinações). Depois de vários dias no hospital e de algumas investigações médicas, descobrem que Cameron está com encefalopatia espongiforme bovina, ou melhor dizendo, a doença da vaca louca. Não se sabe como ele contraiu essa doença. Essa doença ao que parece ainda não tem cura, apenas tratamentos experimentais que vão começar a testar em Cameron para prolongar sua vida, porque uma coisa é certa: ele vai morrer. E rápido. Talvez ele não tenha nem mais um ano de vida. E ele vai ficar cada dia mais louco.

Minha mãe chora um pouquinho, silenciosamente, como ela sempre faz. Ela nunca emite um som, mesmo quando está chorando, e isso me deixa um pouco triste. Não me parece certo. Quando você chora as pessoas deviam ouvir. O mundo devia parar. 

        Pois é, Cameron tá achando tudo isso um saco. Ainda mais porque ele vai morrer virgem. Com 16 anos e virgem. Isso é uma puxa barra. Ele está muito puto com essa tal doença da vaca louca. Mas parece que os cosmos querem que ele se cure. Então aparece em sonho (ele acha que é um sonho) uma anja para ele, a Dulcie. Ela garante que há uma cura sim para o problema de Cameron. Ele só precisa encontrar um tal de Doutor X e salvar o universo. Mas ele vai precisar de um ajudante para essa missão. E parece que a tal da anja acha que o anão que está internado junto com Cameron em seu quarto, o tal do Gonzo pode ser um grande ajudante. Cameron não acha uma boa idéia, porque além de hipocondríaco, bem, Gonzo é um anão. Mas Cameron não tem tempo a perder, e aceita as condições da tal anja.

        Eles fogem do hospital no qual estão internados (Gonzo precisou ser muito persuadido para aceitar) e começam a procurar a esmo e sem muitas pistas esse tal de Doutor X. Durante essa trajetória eles se metem em uma enrascada mais doida que a outra, encontrando inclusive como aliado um anão de jardim falante, o Balder, que tem vida infinita e está à procura de seu reino já que é um deus viking. Juntos os três vão tentar salvar o universo de um ataque, encontrar o Doutor X e salvar Cameron da Vaca Louca (se ele não puder ser salvo, deseja pelo menos que algo seja feito em relação a sua, hum, virgindade).

O livro é super engraçado! Eu dei boas risadas com ele. Só não dei cinco estrelas porque no começo o tal do Cameron fumava muita maconha e eu não curto muito isso nos personagens em geral (não sei, não gosto, acho muito forçado, não uso drogas e não gosto de como as pessoas retratam isso como se fosse algo normal na fase da adolescência. Parece que você não foi um real adolescente se não usou drogas, então isso me irrita um pouco de modo geral). Mas fora isso, eu curti demais o restante da leitura. Tem umas frases de efeito para se pensar, mas o livro é uma doideira só, que te faz ver o lado engraçado e lindo da vida, mesmo depois de um diagnóstico fdp como foi o do Cameron – uma doença com probabilidade altíssima de ser terminal. Eu li super rápido essa história, porque me diverti à beça, principalmente com Gonzo, o anão, por sua condição hipocondríaca ele era engraçado demais e o anão de jardim nem se fala. Muito engraçado MESMO! Não imaginava que eu fosse me divertir tanto lendo esse livro. No começo eu quase desisti, por conta daquela situação que eu mencionei ali em cima, mas depois que o Cameron foi diagnosticado com a doença o livro tomou um rumo muito divertido e engraçado. 

        Recomendo muito a leitura para quem quer fazer uma viagem super doida com três amigos pra lá de improváveis e surreais. Para quem quer dar boas risadas e fugir de algo pesado, buscando algo mais leve e hilário. No geral uma leitura bastante descontraída e com diálogos inteligentes e personagens bem construídos, que me fez ficar com dó de virar a última página e me despedir. Parecia que os três personagens haviam se tornado meus amigos, e fiquei com o coração apertado ao dar tchau! rs. 

- "Esperança é essa coisa com penas que pousa na alma", disse Emily Dickinson. Por que temos que morrer quando tudo em nós almeja viver? Será que nossos átomos não sonham com mais?

Sinopse:
Cameron Smith tem 16 anos e foi diagnosticado com a chamada "doença da vaca louca". Ele vai morrer.
Um encontro com Dulcie, uma garota-anja-punk, o convence a partir em busca da cura. De quebra, ele terá apenas de salvar o mundo.
Como ajudantes, terá Gonzo, um garoto anão neurótico, e Balder, um deus viking aprisionado no corpo de um gnomo de jardim.
Junte-se a eles numa viagem repleta de questões profundas - e rasas também - que mostram que a vida não passa de uma jornada psicodélica que vale a pena.



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Livro: O jardim secreto
 Autor (a): Frances Hodgson Burnett
Editora: Martin Claret / Gênero: Literatura Estrangeira / Infantil
Páginas: 296 / Ano: 2017
Skoob / Amazon / Submarino

        Oi, oi pessoas lindas! Que lindo dia para publicar a resenha de um livro que fala lindamente sobre jardins e sentimentos: hoje é a vez do livro O Jardim Secreto, de Frances Hodgson Burnett figurar por aqui. Li em uma edição belíssima que a editora Martin Claret publicou recentemente em 2017. Não preciso nem falar que as edições da Martin Claret são minhas favoritas, porque eles capricham demais. Essa edição está com ilustrações delicadas, e conta com uma capa vazada super original e letras ótimas de serem lidas. Não daria menos que perfeito como nota na edição.

[...] Havia uma porta, e Mary a empurrou lentamente para abri-la, e eles passaram juntos por ela, e Mary parou e acenou com a mão num gesto desafiador.
– É este – ela disse. – É um jardim secreto, e eu sou a única pessoa do mundo que quer que ele esteja vivo”.

        Eu já tinha assistido ao filme desse livro, quando era pequena (esse filme na verdade repetia muito na sessão da tarde hahah, então nem me lembro de quantas vezes o assisti, porque eu gostava muito). Mesmo assistindo mais de uma vez na infância eu não me recordava muito bem da história, e depois de ler o livro, acho que o livro é tremendamente mais doce, mas mesmo assim coloquei como meta assistir ao filme novamente, só para ter um veredicto.







        O livro é narrado em terceira pessoa, e começa nos contando sobre uma garotinha que perde seus pais e todos seus parentes na Índia para uma doença terrível. Sozinha, precisa se mudar então para a Inglaterra onde tem um tio que ficará com sua custódia. Mary, a garotinha, é uma criança que viveu a vida toda odiando pessoas. Ela tem o temperamento muito forte e não se importa com mais nada a não ser com ela mesma. Ela é rabugenta e ranzinza e muito teimosa. Porém conforme conhece mais da propriedade de Yorkshire e de seus habitantes, vai se tornando alguém diferente. A autora em todo momento nos mostra como é possível se tornar alguém melhor, quando desejamos realmente sermos melhores. O amadurecimento de cada personagem é incrível conforme a leitura avança e esse amadurecimento deu um sentido todo especial a leitura.

- Dickon – disse ela -, você é tão bom quanto Martha disse que era. Eu gosto de você, e com você são cinco pessoas. Eu nunca pensei que gostaria de cinco pessoas”.

        Mary acha tudo muito estranho em sua nova casa. Há um tio, mas ela só o vê uma vez. Ele é extremamente ausente. A casa parece guardar muitos segredos.  A esposa do seu tio, ao que parece morreu faz dez anos e desde então, seu tio deixou de cuidar do jardim predileto da esposa e escondeu a chave, para que ninguém mais cuide. Conforme os dias passam, Mary também descobre que tem um primo e que ele fica escondido em um quarto. Ele sofre muito, pois acha que foi responsável pela morte da mãe. Não sai de sua cama, se sente fraco muitas vezes e debilitado. E por ficar enclausurado, também tem problemas de relacionamento, com crises de histeria freqüentes.


        Mary em suas andanças pela residência encontra a chave do jardim secreto, o jardim que ninguém tem permissão de cuidar. E parece que depois dessa descoberta tudo começa a tomar novo rumo e nova cor. Mary está obstinada a fazer reviver o jardim, ela tem certeza que pode. E vai contar com a ajuda de Dickon, o irmão de Martha, a emprega da casa para conseguir esse feito. Afinal, ele é um encantador de animas e plantas, e sabe muito de jardinagem.

“O fato de o jardim estar trancado há tanto tempo é o que motivava a querer vê-lo. Parecia que ele devia ser diferente de outros lugares e que alguma coisa estranha devia ter acontecido a ele durante esses dez anos”.

        Mary vai se tornando outra pessoa conforme os dias passam – de repente ela está mais feliz, come melhor, conversa com as pessoas – e se sente capaz de também influenciar o pequeno Colin a ser alguém diferente. Ela vai o motivar a sair de sua condição de doente e lhe contar diariamente o que vê no mundo lá fora, fora de seu quarto. Colin começa a perceber o quanto de vida está perdendo, por estar simplesmente aceitando sua condição de derrota, sem lutar. E ele fica encantando com os relatos de avanço no Jardim Secreto. Ele quer ver as flores brotarem, ele quer participar desse momento. Juntos, essas três crianças vão formar um elo mágico de amizade, superação e aprendizado, que vai dar uma entonação pura e bela para esse livro.

        Eu me senti encantada com a escrita de Frances. Apesar do livro ser um clássico e ter sido escrito há bastante tempo, a escrita é muito fluída, e a tradução está perfeita, pelo menos nessa edição que li. A história é inspiradora, nos faz ver e sentir como é possível através da natureza nos modificar. Parece que as crianças ao fazerem o jardim renascer estavam cultivando seu próprio coração e vida. Cada trecho, cada palavra mexeu muito comigo nesse livro. Achei uma leitura singela, prazerosa e muito esperançosa. Que delícia quando encontramos uma leitura desse tipo em nosso caminho. A gente fica melhor e se sente melhor depois de um livro assim.

       Ele faz refletir sobre perda, depressão e sobre as coisas que colocamos em nossas cabeças que muitas vezes não são verdade. Faz enxergar que com força de vontade é possível modificar quem somos. Que a força do nosso pensamento, quando positiva, opera maravilhas em nossa vida. Pois é, eu não imaginava que um livro assim, considerado infantil fosse trazer reflexões tão belas e significativas. Ele não é nada raso, é super profundo, com ponderações belíssimas. Um clássico para se ter na vida, com absoluta certeza. Indico demais essa leitura, que virou favorita e me encantou tremendamente.

“- É claro que deve ter muita Mágica no mundo – ele disse sabiamente um dia, - mas as pessoas não sabem como ela é nem como fazer uma. Talvez o começo seja apenas dizer que coisas boas vão acontecer até você fazer com que elas aconteçam. Eu vou tentar e experimentar”. 

Sinopse:
Descendente da aristocracia inglesa ― mas nascida e criada na Índia ― Mary Lennox é uma menina de dez anos que vê sua vida se transformar após a perda dos pais, obrigando-a a se mudar para a Inglaterra e morar com um tio que nunca conheceu. Em meio à mansão no condado de Yorkshire, Mary começa a desbravar os segredos escondidos ali, eliminando as ervas daninhas que encobrem os caminhos que levam ao secreto jardim e fazendo amizades que transformam sua trajetória e a de todos ao seu redor.


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Livro: As garotas de Corona Del Mar
 Autor (a): Rufi Thorpe
Editora: Novo Conceito / Gênero: Drama, Romance
Páginas: 288 / Ano: 2017
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       Olá pessoas! Tudo bem com vocês? Hoje a resenha que trago é de um livro lançado o ano passado pela editora Novo Conceito – As garotas de Corona Del Mar, de Rufi Thorpe. A sinopse promete uma história comovente entre duas amigas, que durante a trajetória de suas vidas vê seus destinos se modificando inesperadamente com o passar dos anos.

Eu só conseguia ter rápidos vislumbres do labirinto que era a mente dela, e por isso fui forçada a reunir as peças do mundo interno dela por meio de interferência e observação.

        Vamos acompanhar a história sob o ponto de vista de Mia, que narra sua adolescência na cidade de Corona Del Mar onde tem uma melhor amiga muito improvável, a Lorrie Ann. Improvável porque as duas são como açúcar e sal de tão diferentes. Mia é mais o estilo bad girl, enquanto Lorrie Ann é a encarnação divina de anjos. Bem, isso sob o ponto de vista de Mia. Para ela não há pessoa mais perfeita que Lorrie Ann na face da terra e sua família estabilizada.


        Já a vida de Mia é uma eterna montanha russa de sentimentos e matizes. Sua mãe é alcoólatra, tem um padrasto que pouco gosta, e acaba tendo que tomar conta de seus irmãos muitas vezes, quando sua mãe parece não dar conta. Do outro lado, sua vizinha Lorrie Ann parece em controvérsia, parece viver uma vida quase próxima de um conto de fadas. Tudo está sempre em seu devido lugar. Ela é sempre a sensata. Lorrie Ann é sempre a que está disponível para fazer o que há de correto a fazer.


        Quando Mia fica grávida aos quinze anos e resolve abortar seu bebê, a única pessoa na qual confiou esse segredo foi Lorrie Ann, que não a julgou, não fez perguntas, apenas a apoiou e foi com ela para fazer o que tinha que ser feito. Mia, depois desse ato, aceitaria tudo de ruim que a vida poderia lhe dar, pois ela sentia dentro dela que merecia. Mas a vida gosta de pregar surpresas e o destino ruim que Mia acreditava que deveria ser dela, aparentemente escolheu a doce Lorrie Ann para atormentar.

       Uma sucessão de acontecimentos ruim colocam Lorrie Ann em situações das mais dolorosas: a morte prematura de sua pai em um acidente de carro, uma gravidez complicada que lhe gerou um filho bastante debilitado, a morte de seu esposo na guerra. A cada acontecimento Lorrie Ann deixava de ter um pouco de seu brilho, para se deixar sugar por um mundo sem voltas: drogas, depressão, abandono. Mia vai tentar de tudo para estar ao lado de sua melhor amiga nesses momentos não tão bons que a vida lhe reservou, mas a medida que a história avança vemos a dificuldade que é tentar ajudar uma pessoa que se tornou estranha para nós.


        Essa história é praticamente uma narrativa comovente entre duas amigas, que desejam que a amizade permaneça, lutando constantemente para continuarem unidas, apesar das dificuldades.

Normalmente, amizades entre meninas são guardadas em caixas com cartões-postais e canhotos de entradas, mas o que quer que houvesse entre eu e a Lorrie Ann não era assim tão fácil de colocar de lado.

        A história narrada por Rufi Thorpe vai trazer elementos bastante interessantes também, que eu pouco li em outros livros: a questão da violência no trabalho de parto, as cicatrizes que isso deixa nas mulheres que sofrem demasiadamente para terem seus filhos e como isso pode influenciar muito no que vem depois. Também traz elementos bastante sinceros sobre as amizades que fazemos durante nossas vidas, e como muitas vezes achamos que a vida da outra pessoa é perfeita, mas que na verdade tem buracos enormes que não conseguimos enxergar na ilusão de que a vida do outro é sempre melhor.

       Também reflete na dor que é deixar uma amizade verdadeira se esmorecer na nossa caminhada. Quanto disso não ocorre em nossas vidas não é mesmo? Somos super amigas de alguém, crescemos juntos, brincamos juntos e então crescemos e a vida nos separa pelos motivos mais insignificantes.


       Esse livro é dolorosamente real e bonito ao mesmo tempo. Traz uma narrativa que não surpreende (talvez por ser bastante linear), mas que envolve o leitor, e te faz refletir muito sobre as amizades que conquistamos em nossa vida. Recomendo para quem quer ler algo mais sentimental e profundo, para quem quiser conhecer de perto a história de Mia e Lorrie Ann e de como as amizades que fazemos durante nossas vidas influenciam nossas caminhadas e decisões. 



O livro é ambientado em: 
Corona Del Mar, uma cidade beira mar na Califónia, EUA.






Sinopse:
Amizade entre garotas pode ser intensa e, no caso de Mia e Lorrie Ann, não há dúvidas de que isso é verdade.

À medida que crescem, a vida de Mia e Lorrie Ann é preenchida com praia, diversão e passeios ao shopping.

Por outro lado, como toda amizade, há conflitos e dores. 

Mia e Lorrie Ann convivem há muito tempo e possuem personalidades opostas. Mia é a bad girl , vivendo em uma família problemática. Lorrie Ann é linda e amável, quase angelical, e tem uma família que parece ter sido arrancada de um conto de fadas. 

Mas, quando uma tragédia acontece, a vida perfeita sai fora de controle...

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