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Livro: O sol é para todos
 Autor (a): Harper Lee
Editora: José Olympio / Gênero: Romance / Literatura estrangeira
Páginas: 364 / Ano: 2015

 
       Oi gente! Tudo supimpa? Hahaha, minha avó falava assim. Falando em avó, hoje vou trazer para vocês a resenha de um clássico – minha meta para esse ano era conhecer mais e ler mais livros clássicos e fui selecionando alguns já no ano passado que eu gostaria de ler esse ano e o livro O SOL É PARA TODOS sempre figurou na listas dos meus desejados. Juntei o útil, o agradável e o empréstimo de uma amiga, para finalmente ler essa obra primorosa de Harper Lee. E sim, fiquei transbordando de alegria ao ler e ter minhas expectativas, que eram altíssimas, serem alcançadas! Acho que esse é um dos melhores e maiores sentimentos na vida de um leitor. Acho que sempre tive medo de encarar esse livro porque depositei esperanças demais na narrativa. Sabe quando toda a resenha que você lê fala como o livro é “maravilhoso” e, “nossa, que obra”? Pois é! Daí eu fico com um medo de ler e me decepcionar. Mas neste aqui amiguinhos o medo foi mandado embora, porque eu super me apaixonei! Principalmente pela garotinha Scout!

       Para muitos a história já é conhecida – o livro teve sua primeira publicação em 1960 - (tem inclusive um filme do livro, em preto em branco, que eu assisti também logo depois de ler, que ganhou até Oscar) e remete a um período da história que os negros já não eram mais escravos, mas que ainda não eram vistos com bons olhos pelos brancos.

       Esse período ainda triste e cruel foi assistido pelos pequenos olhos questionadores de Scout, a filha mais nova do advogado da cidade Atticus Finch e irmã de Jem, um garoto igualmente peculiar e adorável que fazia de tudo para proteger a irmã.
 
       A história sutilmente vai nos fazer pensar sobre várias, várias situações. Sobre racismo, mas também sobre feminismo, já que, na minha opinião, Harper Lee criou na garotinha Scout um modelo de menina totalmente avançado para a época, uma garota que não se importava de se vestir como garoto, que enfrentava as pessoas e colocava suas ideias à mostra, que discutia seus sentimentos e não se fazia submissa.

       Harper Lee também criou um modelo totalmente controverso de pai em Atticus, um homem amoroso que ficou viúvo cedo e que decidiu criar seus filhos de forma livre, mas sempre com ideias revolucionárias no que diz respeito a caráter e valores (algo visto pelos vizinhos como desleixo, mas que soava muito correto, evidenciando em suas palavras e indo de encontro a uma sociedade que vivia muito das aparências – aliás, como até hoje).
 
       O grande enredo da história fica porém por conta da cidade estar em polvorosa, já que Atticus decidiu defender um negro no tribunal. Ele fora acusado de estrupo pela filha de um dos figurões mais encrenqueiros da cidade, mas sua voz teve muita força apenas por ser branco e o acusado ser negro. Atticus vai ser bastante renegado por este seu ato e seus filhos farão diversos questionamentos sobre tudo o que está acontecendo quando as pessoas começam a fazer comentários maldosos a respeito.
       O livro é tenro e leve, apesar do tema pesado, por ser narrado pela garotinha Scout. Ela é perspicaz, em certas horas extremamente engraçada e muito questionadora. Essa ingenuidade das duas crianças, tanto de Scout como de seu irmão Jem é que traz beleza à obra. As crianças são o elemento central, e nos mostram que muitas vezes os adultos são os que colocam barreiras e armadilhas em tudo, quando na deveríamos na verdade manter a essência pura e leve das crianças.

       É um livro tocante, muito bem escrito, atemporal. Ele é realmente tudo o que promete. Adorei conhecer esse clássico, me infiltrar nessa história, conhecer Scout e desejar ter uma filha impetuosa como ela. Desejar também que todos os pais sejam corretos como Atticus tenta ser com seus filhos. Uma obra prima, que deve ser lida por todos e que vai sobreviver por anos e anos, nos lembrando de pedaços de uma triste realidade que vivemos (que, muitas vezes, infelizmente, ainda vivemos).
 
- Scout, eu não poderia ir à igreja e louvar a Deus se não tentasse ajudar esse homem.
- Atticus, você deve estar enganado...
- Por que?
- Quase todo mundo acha que ele está certo e que você é que está errado.
- Essas pessoas certamente têm o direito de ter sua opinião respeitada - considerou Atticus. - Mas antes de ser obrigado a viver com os outros, tenho de conviver comigo mesmo. A única coisa que não deve se curvar ao julgamento da maioria é a consciência de uma pessoa.
 
Sinopse:
Um livro emblemático sobre racismo e injustiça: a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça.
O sol é para todos, com seu texto “forte, melodramático, sutil, cômico” (The New Yorker) se tornou um clássico para todas as idades e gerações.

 

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