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        Oi gente! Tudo belezinha? Hoje vou trazer aqui pra vocês dicas de leituras alternativas, para quem quer conhecer autores novos, ou simplesmente sair do comum. Li recentemente essas três belezinhas e hoje vou falar um pouquinho delas.


        A primeira experiência que vou citar, é deste pequeno livro de poemas, chama O mirábolo. O autor, Lucas Rolim, é brasileiro e a editora Moinhos é uma editora relativamente nova no mercado, que vem investindo pesado em novos autores brasileiros. Logo que bati os olhos nessa capa, fiquei entusiasmada. A gente percebe quando um livro vai nos surpreender, e a poesia do Lucas é ousada e me agradou muito.


        Aqui você não vai encontrar poemas rasos e sem sabor, mas poemas de alguém que quer logo de cara imprimir sua marca e sua maneira de escrever e interpretar o mundo. Vejam o que logo no primeiro poema conhecemos: uma delicadeza sutil, mas firme e reveladora, que nos faz querer meditar por alguns minutos e degustar o sabor do que foi escrito. 

"tudo é parte
de um movimento sutil

entender o beija-flor em seu tempo.

acompanhar o corpo, 
                       não a asa.
              sentir o beijo.
                    compreender a dança.

cruzar o século
                    e sobreviver no minuto.

                                 não chorar o que agora é pó.
                                 não amar o que por ora é nada.

calar a pressa,
               descobrir a permanência.

              perceber o tempo
                              dilatando
                              em sua própria 

                              agonia.

              ser como o beija-flor,

espécie de engrenagem 
                ou órgão

                              da própria flor". 


        Muito delicado né? Gostei muito de ter a oportunidade de conhecer esse livro e os poemas do Lucas. Para quem quiser conhecer um pouquinho mais do livro e da editora clique aqui >> O Mirábolo, Lucas Rolim <<.




        A minha segunda experiência foi também com um outro livro da editora Moinhos, recebido em parceria. O gato na árvore, de Marco Antonio Martire é um livro de crônicas e a capa é essa coisa linda aqui:


        Esse livro foi uma surpresa muito gostosa. O autor é na maioria de suas crônicas um tantinho engraçado, mas sem ser debochado. Gosto muito do estilo crônicas por nos mostrar esse cotidiano muitas vezes batido, mas que se olhado com calma e com atenção, traz uma beleza muito singular, apesar de comum.


        Nesse livro aprendi a delicadeza de se observar um casal (?) aprendendo a andar de bicicleta pela primeira vez. Aprendi que os pilotos de um avião nunca comem a mesma comida durante um voo, pois se um passar mal o outro pode assumir o comando. Marco também traz elementos bastante atuais, como nossa ligação descontrolada com as atualidades, a exemplo o facebook e o instagram e coisas bastante banais como um gato em uma árvore. Todas as crônicas são muito interessantes, e tem um toque pessoal e especial do autor, que deixa o relato único. Como sou uma amante desse tipo de narrativa, me deliciei com essa leitura. Indico para quem gosta do gênero e quer ler algo leve e tranquilo, bem sabor fim de tarde, no aconchego do sofá. 

       Para saber mais sobre o livro acesse >> O gato na árvore, de Marco Antonio Martire <<. 




        Bom, outro livro que gostei bastante e que figurou na minha cabeceira por esses dias foi 50 poemas de revolta. Essa belezinha aqui:


        Esse livro não poderia ter aparecido em um momento melhor. No atual momento que vivemos, era exatamente a leitura que eu precisava. A maioria dos autores do livro eu já conhecia, e o pessoal que pensou nessa seleção de poemas fez algo bastante original e interessante. Aqui você vai encontrar desde revoltas feministas, em relação a condição humana, em relação a situação política na qual vivemos.


        Sabe aquela dor dentro do peito que dá na gente quando nada tá bom? É isso que você vai encontrar nas linhas lindas de poemas consagrados e a dedo selecionados para fazer parte desse pequeno livro que grita, com sua capa, cores - repleto de sonoridade. E as figuras que preenchem estas páginas são desde poetas mais antigos, como Oswald de Andrade, Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, como também de poetas mais novos, como Bruna Beber, Laura Liuzzi e Yasmin Nigri.

Grifei vários poemas que me tocaram, vários trechos que me fizeram refletir mais a fundo, como nesse trecho de um dos poemas de Carlos Drummond de Andrade:

"As coisas. Que triste são as coisas, consideradas sem ênfase".

Fiquei horas pensando nessa frase. Ela te faz refletir lá no fundo. E o que dizer desse pequeno poema de Francisco Alvim, que retrata muito do que estamos vivendo no Brasil atualmente:

"Disseram na Câmara

Quem não estiver seriamente preocupado e 
perplexo
não está bem informado". 

        Algumas palavras até doem, de tão sinceras. Mas às vezes a gente precisa mesmo ler umas coisas assim, para despertar, para ficar atento, para deixar de ser estático. Recomendo muito esse pequeno livro de poemas, para quem aprecia, e para quem quer levar um chacoalhão, abrir os olhos. 


        Essa foram as dicas de hoje! Espero que tenham gostado, e logo trago mais uma edição de livros alternativos, não tão comuns e de editoras novas. 




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