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Livro: Vá, coloque um vigia
 Autor (a): Harper Lee
Editora: José Oympio / Gênero: Literatura estrangeira
Páginas: 252 / Ano: 2015
Skoob / Amazon 


        Olá pessoas! Tudo bem? Hoje a resenha que trago é da sequência do livro maravilhoso "O sol é para todos", do autor Harper Lee, um clássico que consegui riscar da minha lista de desejados deste ano. "Vá, coloque um vigia" diferente de muitas resenhas negativas que li, me surpreendeu E MUITO! Juro para vocês que não consegui entender tanto descontentamento com este segundo livro.


        A capa dos dois livros são maravilhosas, são duas edições que merecem lugar privilegiado na estante. Para saber mais informações do primeiro livro, você pode conferir a resenha aqui:



        "Vá, coloque um vigia" vai nos contemplar novamente com a história de vida de Jean Louise Finch, mais conhecida como a pequena e petulante Scout. Mas agora ela está com vinte e seis anos e vive em Nova York, voltando periodicamente para Maycomb para ver como seu pai Atticus está. Numa dessas visitas, percebe como a saúde do pai está frágil e parece que todos a estão importunando para ficar, já que seu irmão Jen faleceu e é a única que restou para cuidar do pai.

        Mas voltar à Maycomb depois que se conhece Nova York não será fácil. Tudo fica ainda mais difícil quando ao assistir uma sessão do pai no parlamento, junto com Hank, seu amigo de infância e com quem pensa em se casar, os vê debatendo pensamentos muito retrógrados, racistas e confabulando com pessoas que Jean Louise conhece muito bem para levarem crédito de algo que seja bom para a população, principalmente para os negros que vivem em Maycomb. 

        Ouvindo pela metade o que não sabe, Scout guarda no seu coração as palavras que seu pai e Hank debateram no parlamento e não acredita que o pai e Hank, mas principalmente seu pai, que sempre o viu como um herói, pudesse nutrir algumas formas de pensar diferentes das que Scout acreditou que ele defenderia. 


        Esse choque de realidade vai trazer muitas reflexões durante o livro todo e nos mostra que a pior maneira de se decepcionar com alguém é quando amamos muito uma pessoa e pensamos diferente dela. Porque a gente não consegue conceber que o outro pense diferente, e isso acontece constantemente conosco. A gente acha que como a pessoa nos ama, e como amamos muito uma pessoa, nossos ideais devem estar alinhados e termos as mesmas opiniões. Scout vai aprender da maneira mais dura que não é assim que acontece e que se quiser mudar o mundo precisará primeiro fazer a diferença em uma cidadezinha pequena chamada Maycomb.

        Gente, sério mesmo, eu adorei o livro e não entendi algumas resenhas que disseram que ele é totalmente o oposto do primeiro, que nem parecem os mesmos personagens, eu não senti nada disso. Inclusive o autor volta muito no passado, e entrelaça junto aos temas pesados, muitos fatos engraçados da vida de Scout, porque ela é uma figura. Eu me diverti demais com essa leitura, achei totalmente prazerosa, e me senti com ainda mais vontade de lutar pelos direitos das pessoas, independente da raça ou classe social. Esse segundo livro me deixou bem abalada em alguns dos acontecimentos, ao mesmo tempo que tenta trazer o lirismo da vida de Scout, traz a marca cruel de um tempo onde negros e brancos duelavam a céu aberto por espaço, um duelo que sabemos que está longe de ter sido finalizado. O passado de toda a humanidade é muito triste, mas podemos fazer diferente e esse livro é um alerta, um abrir os olhos, nos mostra que as diferenças que existem são muito maiores do que imaginamos. Uma leitura que vale muito a pena, que recomendo ler sem medo, pois casou perfeitamente na minha opinião com o primeiro livro. 

É quando estão errados que seus amigos mais precisam de você, Jean Louise, e não quando estão certos...


Sinopse:

Segundo romance de Harper Lee, que bateu recorde de número de exemplares vendidos em um só dia superando O símbolo perdido, de Dan Brown. 

Jean Louise Finch, mais conhecida como Scout, a heroína inesquecível de O sol é para todos, está de volta à sua pequena cidade natal, Maycomb, no Alabama, para visitar o pai, Atticus. Vinte anos se passaram. Estamos em meados dos anos 1950, no começo dos debates sobre segregação, e os Estados Unidos estão divididos em torno de questões raciais. Confrontada com a comunidade que a criou, mas da qual estava afastada desde sua mudança para Nova York, Jean Louise passa a ver sua família e amigos sob nova perspectiva e se espanta com inconsistências referentes à ética e a pensamentos nos âmbitos político, social e familiar.Vá, coloque um vigia é o segundo romance de Harper Lee, mas foi escrito antes do mítico O sol é para todos, que recebeu o Prêmio Pulitzer em 1961. Este livro inédito marca o retorno, após 65 anos de silêncio, de uma das maiores escritoras americanas do século XX.



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