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Livro: Casamento de Conveniência / Autora: Georgette Heyer
Editora: Record / Gênero: Romance de época
Páginas: 336 / Ano: 2008

Olá pessoal!
Tudo bem com vocês? Hoje vou trazer a resenha deste livro da Georgette Heyer, Casamento de Conveniência, lançado pela editora Record em 2008. Primeiro, gostaria de mostrar pra vocês um pouquinho da história da autora:
Georgette Heyer é considerada a grande dama do romance histórico britânico. Nascida em 1902, ela foi uma mulher singular para sua época. Tornou-se autora de best sellers ainda muito jovem - aos 19 anos, em seu primeiro livro publicado. Sempre alheia a publicidade, manteve sua vida particular preservada e nunca deu uma entrevista sequer. Apenas respondia às cartas dos fãs que levantavam questões históricas que considerasse relevantes. Experimentou escrever sob um pseudônimo - Stella Martin - em seu terceiro livro, alcançando definitivamente o hall dos grandes escritores. Pioneira em seu gênero literário, mulher da qual diziam ter “uma cabeça masculina”, suas obras retratam com precisão histórica os costumes ingleses, em fragmentos genuínos sobre moda, hábitos, linguagem, convenções sociais, e sempre trazendo um tom de sarcasmo e humor.

Se vocês quiserem saber mais um pouquinho sobre ela, tem uma matéria bem legal neste blog >> Escritoras Inglesas <<.

Bom, sobre o romance, posso dizer que li algumas resenhas que criticaram o livro. Dizendo que a mocinha protagonista é sem graça, que o marido dela não tem pegada (pois é, até sobre isso eu li), mas é preciso entender que este livro foi ambientado em uma época um pouco diferente da atual. Os livros de época escritos agora tem logicamente romances bem mais apimentados, por conta de ser um atrativo para muitos leitores. E as coisas evoluem mesmo, estamos em 2016. O livro é ambientado na data de 1776 e foi lançado pela primeira vez em 1936. Tudo era muito, mas muito mais comedido, precisamos entender. Então o livro é super condizente com a época, não tem apelo sexual, é tudo muito puro, tudo muito nas entrelinhas e isso dá um charme único para este livro. Não vou ser hipócrita e dizer que talvez eu prefira romances assim, porque gosto muitos dos romances atuais também. Mas não esperem encontrar neste livro cenas tórridas de paixão entre os protagonistas e paixão à flor da pele. O máximo que acontece são beijos - e acho que contei 3 rsrs. Mas gente, isso é completamente coerente. 



Então, sem mais delongas, vamos para a resenha rsrs.
Como o próprio nome do livro, se trata de de uma história baseada em um casamento arranjado, o que acontecia muito na época. Famílias ricas e de nome se juntavam muitas vezes para aumentar fortuna e casar por amor era muito raro. O casamento era mais como um contrato do que qualquer outra coisa, na qual ambas as partes fingiam estar felizes. 

É então que o Conde de Rule, aos 35 anos resolve se casar, afinal já aproveitou bastante o estado de solteiro e precisa dar continuidade a sua herança. Escolhe como pretendente Elizabeth Winwood, uma jovem linda, de família boa e que tem a permissão de sua mãe para se casar, já que estão com muitas dividas devido o irmão mais velho ser um apostador sem muita sorte. Mas Elizabeth nutre amor por um jovem militar, e sonha em se casar com o mesmo, e não consegue se imaginar em um casamento que não seja por amor. Elizabeth não ama nem um pouco o Conde de Rule e se vê em uma tremenda enrascada, sem saber como se livrar dela, pois sua família depende desta união. Surge então em sua salvação Horatia Winwood, sua irmã mais nova, com apenas 17 anos, que resolve se oferecer em seu lugar, para se casar com o Conde de Rule. Horatia é muito corajosa e vai pessoalmente ter uma conversar com o Conde, que aceita a troca e se casa com Horatia. 

Uma garota de 17 anos se casando com um senhor de 35 anos parece um pouco estranho (tá, muito estranho nos dias de hoje), mas para a época esse tipo de arranjo era super comum, o que dou graças a Deus por ter nascido no ano de 1988 e ter me livrado de uma situação destas rsrsrs. Tá certo que na idade de 17 anos eu achava uns coroas por aí bem bonitos, tipo Richard Gere, Antonio Banderas, Brad Pitt, Tom Cruise, e tal. Mas vai que o cara não é tão bem apessoado assim né? kkk...
Brincadeiras à parte, este casamento até que vai dando certo, e o Conde de Rule por ser muito mais velho, acaba não pressionando as coisas para o lado de Horatia e respeita o amadurecimento de sua jovem esposa. E o livro se desenrola com Horatia se metendo em confusões, muito por causa da imaturidade, e algumas delas foram bem divertidas. 

É um livro legal, pois traz várias menções históricas e coisas muito próprias da época e a escrita da autora é realmente muito boa. Recomendo a leitura para quem quer fugir um pouco dos romances de época mais atuais e se arriscar em algo diferente ;) .

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3 Comentários

  1. Parabéns pela resenha! Eu tenho uma pergunta, dizem que como casal eles não "aparecem" muito, é verdade? E se ele mantém a amante? Li dá Georgette Heyer, A indomável Sofia, e gostei bastante, estou procurando outros dela para ler, mas queria ter uma ideia melhor antes de comprar.

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  2. Dos livros que já li da Georgette Heyer, este é o mais fraquinho em termos do romance, mas é o mais engraçado. Ri demais na segunda metade do livro. Um personagem que eu achava indigno no inicio, mas que depois ganhou minha simpatia foi o irmão da mocinha.

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  3. Amo esse livro, ele é um dos meus favorito da Georgette Heyer, é muito divertido, eu reli ele a pouco tempo,e rolei de ri de novo ! a história é muito inteligente e o irmão da mocinha roubar a cena.E no final deu pra ver que eles se apaixonaram.O meu lado romântico ficou totalmente satisfeito.Amei muito!

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